Nossa primeira reconhecida artista têxtil foi Regina Gomide Graz. A artista estudou arte têxtil indígena no Rio de Janeiro; voltou a São Paulo onde passou à dedicar-se às ditas, Artes Decorativas, pintando painéis e criando desenhos de tapetes e tapeçarias tecidas, colchas e painéis, entre outras obras têxteis com as quais complementou projetos de decoração de seu marido, o pintor e arquiteto de interiores, John Graz. Obras têxteis de Regina participaram da decoração da famosa Casa Modernista, do arquiteto russo Gregori Warchavich, que chegou ao Brasil para revolucionar a arquitetura modernista, exterior e interior (São Paulo, abril, 1930). Regina Graz expôs obras no I Salão Paulista de Belas Artes (1934).
As atividades de Regina Graz declinaram, a medida que declinou o poder aquisitivo da rica sociedade paulista, atingida em profundidade com a crise internacional do café, conseqüência da quebra da bolsa de Nova York (maio, 1929) e da severa recessão americana com profundos reflexos internacionais (1929-1939). Décadas mais tarde a artista foi visitada pelos artistas plásticos, expoentes da Cultura da Fibra, Jacques Douchez e Norberto Nicola, que receberam da pioneira grande estímulo na exploração das possibilidades das técnicas têxteis: os artistas se tornaram reconhecidos pioneiros da Arte da Fibra brasileira.
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