O artista nasceu em Erechim (RS): Schucman estudou Engenharia Elétrica, com Pós-Graduação em Engenharia Nuclear e Ambiental, na Escola Politécnica - USP (São Paulo). Schucman passou um ano em Ashram de Sri Aurobindo Pondicherry (India), estudando e estagiando em diversos ateliês de Cerâmica, Batik e Tapeçaria, freqüentando a manufatura de Tapetes executados nos teares manuais por refugiados tibetanos. De volta ao Brasil, Schucman se tornou um dos alunos do professor uruguaio Ernesto Aroztegui, que, durante dois anos proferiu curso especial em São Paulo, do qual também foram alunos Marina Overmeer e Manuel de Jesús Neto. Schucman foi seu mais fiel discípulo, recebendo a orientação de Aroztegui durante oito anos seguidos; ele passou a desenhar e criar obras na Cultura da Fibra.
Curriculum Vitae fornecido pelo artista (jan-fev., 2009).
O artista participou do grupo Núcleo Paulista de Tapeçaria (São Paulo, 1980-1984), fundado por Labarros (Léo Arthur Barros, 1940-1990), quando reuniu c.de trinta associados, dedicados à Fiberart [Arte da Fibra]. Schucman participou das inúmeras mostras de Arte Têxtil, organizadas por Labarros com a participação de todos os artistas.
Schucman organizou com Marina Overmeer o Atelier Casa 11, onde ministrou cursos de tear e desenvolveu modelos de tecido artesanal, apresentados no Brasil Moda-Arte, projeto do Ministério do Trabalho e a ABEMODA – Aassociação Brasileira dos Estilistas de Moda (São Paulo, 1987-1989). Mudando para Florianópolis (SC), Schucman passou a ministar cursos e workshops de Criatividade para monitores do Programa Catarinense de Profissionalização de Agricultores, em cooperação com a República Federal da Alemanha; para a AMASC – Associação Amigos do Museu de Arte de Santa Catarina, no CIC – Centro Integrado de Cultura e classes de Tapeçaria, Tecelagem e Estamparia no Departamento de Artes Plásticas da UDESC – U. Federal de Santa Catarina.
O artista representou o Brasil na segunda mostra do ITNET – International Tapestry Network, que reuniu obras de diversos tapeceiros internacionais e, durante dois anos percorreu vinte instituições culturais norte-americanas (out., 1992-). O final da itinerância da mostra foi no Art Museum, em Anchorage, sede da instituição norte-americana (Alaska, 1994). A tapeçaria de Schucman, O Funcionário e a Bailarina, na técnica de Gobelin, foi adquirida pelo colecionador norte-americano George Gross (San Francisco, CA.).
Schucman foi convidado para expôr suas obras têxteis na Galeria das Américas, na OEA – Organização dos Estados Americanos (Washinghton, DC.) O artista ecebeu menção honrosa pela obra Meninas de Guerra, quando expôs na 9th International Triennial of Tapestry (Lodz, Polônia, 1998).
O artista inaugurou a Pousada do Tapeceiro (SC), em uma localização privilegiada pela natureza e passou a desenvolver trabalho artístico com modernas técnicas de Arte Têxtil. Nas suas caminhadas a beira-mar o artista passou a recolher fibras naturais, e outros materiais deixados pelas ondas nas praias de Santa Catarina. Esta matéria-prima pouco usual, passou a proporcionar textura e coloração quando utilizada na confecção de obras de Fiberart [Arte da Fibra], em algodão, sisal, cordas, redes de pesca, retalhos de tecidos e amarrações de ancoras, entre outros materiais inusitados. O artista continua trabalhando nas obras de sua série Documentos Rupestres: Tapeçarias de Alto Liço com Materiais do Entorno.
Schucman ministrou curso que, segundo ele, proporcinonou-lhe o maior retorno afetivo, emocional e intelectual: foi o Teça Tudo, no SESC – Pompéia (jul., 2008). O tear foi visto como metáfora da vida e do universo pessoal: teça tudo e com tudo. Em doze aulas, usando as técnicas e materiais têxteis como metáforas para Eros e Tanatos, vida e morte, e o espiritual, os sonhos, os anseios, as vontades e as metas. Foi tranformador e até hoje os participantes estão alavancados em função disso. Outros dois cursos foram o Introdutório e o Avançado de Tapeçaria na Técnica de Aroztegui, proferidos na mesma instituição. Atrualmente o artista se encontra produzindo uma peça para a norte-americana Susan Klebanoff, no Presídio Feminino do Carandiru, sob a supervisão de Tioko Tomikawa.
Curriculum Vitae fornecido pelo artista (jan-fev., 2009).
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