Vivian Pinto Portela da Silva.

Vivian Pinto Portela da Silva.
Vivian Silva, diploma e fotografias, uma proferindo palestra em Congresso Internacional (Xalapa, México, 2011); em 2007; com o neto John Portela Grooms (novembro, 2013). Abaixo: Jornal da Tarde, (dezembro, 1966). Fotos com a família Wallace, proferindo palestra em High-School e como Jovem Embaixadora na, Universidade de Stanford (California, 1967).

sábado, 11 de fevereiro de 2012

I.TAPEÇARIA: BREVE HISTÓRICO NO SÉCULO XX.


I. TAPEÇARIA: BREVE HISTÓRICO NO SÉCULO XX.



No século XX surgiram oportunidades para os artistas de vários países se dedicarem à Tapeçaria, quando o Museu Bellerive organizou a 1ª BIT - Bienal Internacional de Tapeçaria (Zurique, Suíça, 1962). As primeiras tapeçarias inscritas no certame aberto internacionalmente seguiram a orientação do seu organizador, o artista suíço Jean Lurçat. A orientação dele foi que as Tapeçarias aceitas fossem realizadas em dimensões nobres, no mínimo 10 m2, e seguissem par a par com a evolução da arquitetura moderna.


Na 1ª Bienal Internacional de Tapeçaria foram inscritos grandes painéis planos, geométricos, executados com fibras têxteis, geralmente a tradicional lã, desenhados por grandes arquitetos como Le Corbusier e confeccionados sob encomenda. Os artistas desenharam obras realizadas por tecelões nos conhecidos ateliês europeus de Aubusson, Gobelin, Tabard e Savonnerie, entre outros ainda em atividade. Essas obras, planas, de forma geométrica, produzidas segundo desenhos, fossem esses figurativos ou abstratos, tecidas na técnica tradicional dita, Gobelin, consideramos como inseridas na nomenclatura de Tapeçaria(s).

Nossa primeira reconhecida artista têxtil foi Regina Gomide Graz (1902-1973). A artista estudou arte têxtil indígena no Rio de Janeiro; ela voltou a São Paulo, onde passou à dedicar-se às ditas, Artes Decorativas, pintando painéis e criando desenhos de tapetes e tapeçarias tecidas, colchas e painéis, entre outras obras têxteis com as quais complementou projetos de decoração de seu marido, o pintor e arquiteto de interiores, John Graz. Obras têxteis de Regina participaram da decoração da famosa Casa Modernista, do arquiteto russo Gregori Warchavich, que chegou ao Brasil para revolucionar a arquitetura modernista, exterior e interior (São Paulo, abril, 1930-). R. Graz expôs obras no 1o Salão Paulista de Belas Artes (1934). As atividades de Regina Graz declinaram, a medida que declinou o poder aquisitivo da rica sociedade paulista, atingida em profundidade com a crise internacional do café, consequência da quebra da bolsa de Nova York (maio, 1929) e da severa recessão americana com profundos reflexos internacionais (1929-1945). Décadas mais tarde a artista foi visitada pelos artistas plásticos, expoentes da Cultura da Fibra, Jacques Douchez e Norberto Nicola, que receberam da pioneira grande estímulo na exploração das possibilidades das técnicas têxteis: os artistas se tornaram reconhecidos excepcionais talentos na Arte da Fibra brasileira.



REFERÊNCIAS SELECIONADAS:


ANUÁRIO. Architecture, Formes et Fonctions (1962-1963). Lausanne: Anthony Kraft, 1962.

 
CONSTANTINE, M: LARSEN, J. L. Beyond Craft: The Art Fabric. New York, Cincinnati, London, Toronto, Melbourne: Van Nostrand Reinhold, 1973. 293p., il., some color.  26.5 x 35.5 cm.


CONSTANTINE, M.; LARSEN, J. L. The Art Fabric: Mainstream. New York, Cincinnati, London, Toronto, Melbourne: Van Nostrand Reinhold, 1979. 272p., il,  some color. 26.5 x 35.5 cm.


KUENZI, A.; BILLETER,E.;Kato, K. L. La Nouvelle Tapisserie. 3a ed., rev. e ampl. Paris - Lausanne: Biblioteque des Arts, 1981, some color, 26 x29 cm..

 
SIMIONI, Ana Paula Cavalcanti. Regina Gomide Graz: modernismo, arte têxtil e relações de gênero no Brasil. São Paulo: revista do IEB n 45, set 2007, pp. 87-106.


VERLET, P.; FLORISOME,M.;HOFFMEISTER, A.;TABARD, F.; LURÇAT, Jean. Le Grand Livre de la Tapisserie. Lausanne; Edita, 1965, 36 x 30 cm.

Nenhum comentário:

Postar um comentário